Estava esperando meu marido na universidade, quando lembrei de alguns acontecimentos ano passado.
Começamos a morar juntos uma semana antes da semana santa do ano passado e estamos a beira da semana santa deste ano. Ano passado passamos o feriado em um sítio na estrada que leva para Caxias-MA. Foi bastante legal o nosso feriado. Bebemos, jogamos UNO, tomamos banho de riacho....
Certo dia do feriado, aparece uma "parente" dos donos da casa bem no início da manhã. Os homens estavam jogando UNO e as mulheres fazendo as unhas e papeando. Essa mulher aparentava seus 40 e poucos anos e estava acompanhada da filha que tinha seus 16. Estava sozinha (relacionado a ter um namorado, marido, pretetende, essas coisas). Naquela época nós tínhamos um Fiat Siena, só que a estrada do Maranhão naquela época de chuva estava cheia de buracos, resolvemos viajar no carro do meu sogro, uma L200.
A mulher chegou e ficou observando a L200 lá, estacionada... chega que os olhos brilharam!!! Ai veio aquela "velha pergunta": "de quem é aquele carro?". Uma das filhas da dona da casa (uma garota que trabalhava comigo naquela época) respondeu: "é daquele rapaz ali" e apontou pro meu marido. Os olhos dela chega que brilhou mais ainda: "mas ele é tão novinho pra ter um carro desses....". Eu comecei a rir da situação.
Ela se levanta da mesa e vai até onde os homens estavam jogando e começa a "interagir" com eles. E olhando pro meu marido. E eu rindo da situação.
Naquela época não usávamos ainda aliança, usávamos escapulários de prata. A moça se apresenta pro meu marido e quer puxar assunto. Como não sou besta nem nada, vou lá perto pra verificar as coisas e meu marido me chama "vem cá amor!". Ela meio que arregala os olhos e começa o diálogo:
Mulher: "não está sozinho aqui não?".
Meu Marido: "estou com a minha esposa!".
Ela arregala bem os olhos.
Mulher: "mas você, tão novo já é casado?".
Meu Marido: "sim, sou casado."
Mulher: "quanto tempo vocês são casados?"
Meu marido: "uma semana".
Mulher: "ahh, então ainda dá tempo de investir, não é sério ainda".
Eu começo a perder a paciência.
Meu marido: "pode não ser pra você, mas pra mim é muito sério".
Ela percebeu a cortada e saiu de perto. A questão é: se meu marido não estivesse com o carro do pai dele, será que ela daria em cima dele?
Depois do episódio, comecei a prestar atenção nas pessoas que lá se encontravam. Babavam muito a gente!! E fiquei me perguntando: "será que é só por causa do carro??"
As pessoas não são o que compram não! As pessoas são a educação que os pais passam, os valores colhidos em toda a vida. Não é porque sou pobre, lisa e lascada que não posso ser uma pessoa simpática, adorável! Tem muitas pessoas que são ricas, mas por dentro, são pobre de espírito! Não sei se isso só acontece na minha cidade, mas aqui o povo lhe considera (nem todos, é claro) pelo carro que você tem, a casa que você mora, a faculdade que estuda, a conta corrente que possui, as roupas de grife que você veste...
Eu fico P da vida quando alguém se aproxima de outra por conta do "status" que a pessoa possui. Ou fico mais P ainda quando uma pessoa "passa fome" só pra ter um carro do ano... coloca os filhos numa escola pública, limita tudo pra ter um carro! Ou pior: a pessoa não tem nada, mas tem um celular da Apple só pra mostrar na balada que "tem alguma coisa". O ó isso!
De acordo com os ensinamentos Reichianos, caráter é a "Estrutura típica do indivíduo, sua maneira estereotipada de agir e reagir. O conceito orgonômico de caráter é funcional e biológico, não um conceito estático, psicológico ou moralista."
"O caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de respostas para várias situações. Inclui atitudes e valores conscientes, estilo de comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e movimentação do corpo). O conceito de caráter já havia sido discutido anteriormente por Freud, em sua obra Caráter e Erotismo Anal. Reich elaborou este conceito e foi o primeiro analista a tratar pacientes pela interpretação da natureza e função de seu caráter, ao invés de analisar seus sintomas."
Então é isso por hoje! A lição de casa é: o que é caráter pra você? Pensem nisso leitores!!
"Preocupe-se mais com o seu caráter do que com sua reputação, porque seu caráter é o que você realmente é, enquanto a reputação é apenas o que os outros pensam que você é."
Começamos a morar juntos uma semana antes da semana santa do ano passado e estamos a beira da semana santa deste ano. Ano passado passamos o feriado em um sítio na estrada que leva para Caxias-MA. Foi bastante legal o nosso feriado. Bebemos, jogamos UNO, tomamos banho de riacho....
Certo dia do feriado, aparece uma "parente" dos donos da casa bem no início da manhã. Os homens estavam jogando UNO e as mulheres fazendo as unhas e papeando. Essa mulher aparentava seus 40 e poucos anos e estava acompanhada da filha que tinha seus 16. Estava sozinha (relacionado a ter um namorado, marido, pretetende, essas coisas). Naquela época nós tínhamos um Fiat Siena, só que a estrada do Maranhão naquela época de chuva estava cheia de buracos, resolvemos viajar no carro do meu sogro, uma L200.
A mulher chegou e ficou observando a L200 lá, estacionada... chega que os olhos brilharam!!! Ai veio aquela "velha pergunta": "de quem é aquele carro?". Uma das filhas da dona da casa (uma garota que trabalhava comigo naquela época) respondeu: "é daquele rapaz ali" e apontou pro meu marido. Os olhos dela chega que brilhou mais ainda: "mas ele é tão novinho pra ter um carro desses....". Eu comecei a rir da situação.
Ela se levanta da mesa e vai até onde os homens estavam jogando e começa a "interagir" com eles. E olhando pro meu marido. E eu rindo da situação.
Naquela época não usávamos ainda aliança, usávamos escapulários de prata. A moça se apresenta pro meu marido e quer puxar assunto. Como não sou besta nem nada, vou lá perto pra verificar as coisas e meu marido me chama "vem cá amor!". Ela meio que arregala os olhos e começa o diálogo:
Mulher: "não está sozinho aqui não?".
Meu Marido: "estou com a minha esposa!".
Ela arregala bem os olhos.
Mulher: "mas você, tão novo já é casado?".
Meu Marido: "sim, sou casado."
Mulher: "quanto tempo vocês são casados?"
Meu marido: "uma semana".
Mulher: "ahh, então ainda dá tempo de investir, não é sério ainda".
Eu começo a perder a paciência.
Meu marido: "pode não ser pra você, mas pra mim é muito sério".
Ela percebeu a cortada e saiu de perto. A questão é: se meu marido não estivesse com o carro do pai dele, será que ela daria em cima dele?
Depois do episódio, comecei a prestar atenção nas pessoas que lá se encontravam. Babavam muito a gente!! E fiquei me perguntando: "será que é só por causa do carro??"
As pessoas não são o que compram não! As pessoas são a educação que os pais passam, os valores colhidos em toda a vida. Não é porque sou pobre, lisa e lascada que não posso ser uma pessoa simpática, adorável! Tem muitas pessoas que são ricas, mas por dentro, são pobre de espírito! Não sei se isso só acontece na minha cidade, mas aqui o povo lhe considera (nem todos, é claro) pelo carro que você tem, a casa que você mora, a faculdade que estuda, a conta corrente que possui, as roupas de grife que você veste...
Eu fico P da vida quando alguém se aproxima de outra por conta do "status" que a pessoa possui. Ou fico mais P ainda quando uma pessoa "passa fome" só pra ter um carro do ano... coloca os filhos numa escola pública, limita tudo pra ter um carro! Ou pior: a pessoa não tem nada, mas tem um celular da Apple só pra mostrar na balada que "tem alguma coisa". O ó isso!
De acordo com os ensinamentos Reichianos, caráter é a "Estrutura típica do indivíduo, sua maneira estereotipada de agir e reagir. O conceito orgonômico de caráter é funcional e biológico, não um conceito estático, psicológico ou moralista."
"O caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de respostas para várias situações. Inclui atitudes e valores conscientes, estilo de comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e movimentação do corpo). O conceito de caráter já havia sido discutido anteriormente por Freud, em sua obra Caráter e Erotismo Anal. Reich elaborou este conceito e foi o primeiro analista a tratar pacientes pela interpretação da natureza e função de seu caráter, ao invés de analisar seus sintomas."
Então é isso por hoje! A lição de casa é: o que é caráter pra você? Pensem nisso leitores!!
"Preocupe-se mais com o seu caráter do que com sua reputação, porque seu caráter é o que você realmente é, enquanto a reputação é apenas o que os outros pensam que você é."