segunda-feira, 10 de maio de 2010


E lá estava ela, feliz da vida com a carta que recebeu. Não era uma carta qualquer, era A CARTA. Ela se recusa a mandar emails, ela gosta de ler as linhas escritas a punho, o cheiro do papel e da caneta, a emoção de estar lendo uma carta.

Aguardava há meses por ela. Todo dia acordava e ficava esperando o carteiro chegar em sua porta e dar a boa notícia. Mas a boa notícia nunca chegava... Passaram-se os dias, as semanas, os meses... já estava perdendo as esperanças quando, finalmente a carta chegou.

Ficou olhando o envelope por algum tempo, sem acreditar que a tão esperada carta havia chegado. Estava ali, nas suas mão algo que era mais importante que tudo no mundo.

Abriu cuidadosamente o envelope. O papel estava bem dobrado. Desdobrou e começou a ler. Um belo sorriso estava em sua boca. Os olhos estavam brilhando. Não acreditava nas linhas escritas naquela carta. Suspirou.

A carta tão esperada havia palavras de conforto, de amor, de alegria, de saudades.

Eis o que tinha escrito na carta:

"Querida filha,
hoje acordei com muita saudades suas. Os telefonemas não diminui a saudade que sinto de você, então resolvi escrever uma carta. Uma carta com boas novas: sua bela mãe vai lhe visitar! Não aguento mais esperar. Tirei férias do meu trabalho e vou lhe ver, pra lhe dengar, pra lhe botar pra dormir. Pra fazermos compras, pra lhe ajudar nos afazeres domésticos.

Sei que é muito ruim ficar longe do seu lar, mas tenha fé e força. Seu sonho vai se realizar e, mesmo de longe estou bem pertinho de você, dentro do seu coração.

Filha, mamãe está chegando. Não vejo a hora de lhe dar um beijo!

Com amor,

mamãe."




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